jueves, 23 de febrero de 2012

Contas Externas Banco Central

O relatório de Janeiro saiu, http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPEXT.  mas as capas dos jornais nem perceberam nem destacaram.

O déficit em conta corrente continua alongando-se, ainda que em níveis relativamente baixos. A farra fica por conta dos ingressos  na conta financeira, mas por enquanto a divida externa se mantém em níveis saudáveis.

Os dados mais relevantes:

1)      As transações correntes foram deficitárias em US$7,1 bilhões, acumulando, nos últimos doze meses, déficit de US$54,1 bilhões, equivalente a 2,17% do PIB.


2008
   Dez
- 3 119
- 28 192
2009
   Dez
- 5 950
- 24 302
2010
   Dez
- 3 496
- 47 323




2011
   Dez
- 6 040
- 52 612




 2012
   Jan
- 7 086
- 54 114


2)      A conta financeira apresentou ingressos líquidos de US$7,3 bilhões, destacando-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos (IED) e em carteira, US$5,4 bilhões e US$4,9 bilhões, respectivamente.

3)      A posição estimada da dívida externa total em janeiro de 2012 totalizou US$300,3 bilhões, elevação de US$2,9 bilhões em relação ao montante estimado para dezembro de 2011. A dívida de longo prazo totalizou US$261,5 bilhões, aumento de US$3,2 bilhões, enquanto a de curto prazo atingiu US$38,8 bilhões, retração de US$221 milhões. Os principais fatores de variação da dívida externa de longo prazo foram as captações líquidas (não incluída a variação por paridades) de empréstimos ao setor não financeiro, US$976 milhões, e empréstimos a bancos, US$902 milhões.

Quanto menos curioso, que neste exato momento, quando Europa salva o euro por causa dos desequilíbrios nas contas externas (nada a ver com a versão oficial dos desequilíbrios orçamentários públicos) aqui ninguém se preocupe com este progressivo deterioro nas contas externas, mascarado pelo alto preço das commodities e pelo fluxo de IED. Que a farra não pare...

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