O déficit em conta corrente continua alongando-se, ainda que em níveis relativamente baixos. A farra fica por conta dos ingressos na conta financeira, mas por enquanto a divida externa se mantém em níveis saudáveis.
Os dados mais relevantes:
1) As transações correntes foram deficitárias em US$7,1 bilhões, acumulando, nos últimos doze meses, déficit de US$54,1 bilhões, equivalente a 2,17% do PIB.
2008 | Dez | - 3 119 | - 28 192 |
2009 | Dez | - 5 950 | - 24 302 |
2010 | Dez | - 3 496 | - 47 323 |
2011 | Dez | - 6 040 | - 52 612 |
2012 | Jan | - 7 086 | - 54 114 |
2) A conta financeira apresentou ingressos líquidos de US$7,3 bilhões, destacando-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos (IED) e em carteira, US$5,4 bilhões e US$4,9 bilhões, respectivamente.
3) A posição estimada da dívida externa total em janeiro de 2012 totalizou US$300,3 bilhões, elevação de US$2,9 bilhões em relação ao montante estimado para dezembro de 2011. A dívida de longo prazo totalizou US$261,5 bilhões, aumento de US$3,2 bilhões, enquanto a de curto prazo atingiu US$38,8 bilhões, retração de US$221 milhões. Os principais fatores de variação da dívida externa de longo prazo foram as captações líquidas (não incluída a variação por paridades) de empréstimos ao setor não financeiro, US$976 milhões, e empréstimos a bancos, US$902 milhões.
Quanto menos curioso, que neste exato momento, quando Europa salva o euro por causa dos desequilíbrios nas contas externas (nada a ver com a versão oficial dos desequilíbrios orçamentários públicos) aqui ninguém se preocupe com este progressivo deterioro nas contas externas, mascarado pelo alto preço das commodities e pelo fluxo de IED. Que a farra não pare...
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